
Ana Sofia's Diary
Apps 4 EL TTLA in Italy (11th-17th February 2017)
Day 1
Para adormecer foi complicado, mas acordar, de madrugada ainda custou mais. Contudo, valeu a pena, cada esforço. A minha mãe levou-me até à frente da escola onde já estava a carrinha à minha espera. Lembro-me tão bem do abraço que dei à minha mãe antes de entrar na carrinha, sei que ela estava possivelmente ainda mais nervosa que eu. Mas não eram uns nervos de medo, nada disso!, era nervos de orgulho, de estar num projeto tão grande, sei que ela estava receosa. A ida para o Porto foi calma, conversas acerca dos nervos e ansiedade. A música a acompanhar. Tão simples mas proporcionou um clima tão propicio a demonstrar a sorte que estava a ter. Depois, quando chegámos ao aeroporto de Sá Carneiro (8h00), começou a euforia e a correria, primeiro as malas de porão, depois as malas de mão. Depois ser revistada, tudo tão novo para mim. Quando demos conta, estávamos a entrar no avião (9h00). Os nervos tinham atingido cada célula do meu corpo, mas, sempre acompanhados de felicidade, que junção, que misto de emoções. Felicidade por estar a viver esta aventura, estas experiências: andar de avião pela primeira vez, ir a Itália pela primeira vez, tanta coisa pela primeira vez. Foi bom conhecer este meu lado mais aventureiro e a minha reação face aos desafios. Muito tenho a agradecer às professoras e às minhas colegas por me fazerem manter a calma! E então, o esperado momento, a descolagem. Que sentimento de alívio e relaxamento. Depois, nas duas horas de viagem, as small talks, jogos, estudo, e leitura. Conciliar tudo. As fotografias da janela não podiam faltar de maneira nenhuma, que grande paisagem tínhamos debaixo de nós. Depois, a saída do avião, pisar Itália pela primeira vez na minha vida com as típicas superstições de pisar com o pé direito. Estava no aeroporto de Bergamo, Caravaggio. E depois novamente a correria, os telefonemas para os pais, a reconfortá-los. A felicidade.
Fomos buscar as malas e apanhar o autocarro com destino a Milão. Depois o metro. Primeira vez também. A levar malas até 15 kilos atrás, lá íamos nós, a abraçar uma nova aventura com todas as forças que tínhamos. Depois, uns metros a pé até ao hotel, e fomos recebidas com a maior hospitalidade - quase que consegue concorrer com Portugal!
Deixámos as malas nos nossos quartos: as professoras num, nós noutro. Descansámos um pouco e habituámo-nos ao local, fomos ver a paisagem do quarto e aí sim, apaixonámo-nos logo. Descemos e fomos passear por Milão, ver o melhor que a cidade tinha para oferecer. Passámos por lojas que nem sequer há em Portugal, compras para os familiares e para nós, exploração do sítio. Monumentos que nos deixam literalmente de queixo caído. Coisas que nunca na vida pensámos que alguma vez poderíamos ver. Monumentos com uma dimensão e beleza descomunal, não há mesmo palavras para descrever. As fotos falam por si.
A fome começou a apertar e o McDonalds foi o nosso sítio de eleição para jantarmos - o tempo e o cansaço tomavam conta de nós, era de todo impossível encontrar um restaurante com comida tipicamente italiana. Apesar disso, foi ótimo.
De volta ao hotel, de volta à cama. Video chamadas com os nossos familiares e amigos, ver televisão italiana e cantar as músicas que iam passando, falar de assuntos mais pessoais, isto talvez propicio da distância a casa e das saudades. Falar das amizades e inimizades, problemas pessoais, de tudo - isto apenas depois do primeiro dia juntas. Apesar de já nos conhecermos todas, criámos laços inquebráveis, laços que permanecerão com o tempo, com toda a certeza. Depois, hora de dormir, tínhamos que estar aptas para o próximo dia.
Pelo voo
Hotel San Francisco
Galeria Vittorio Emanuele II (interior)
Galeria Vittorio Emanuele II (exterior)
Pelas ruas de Milão
Duomo di Milano
Day 2
Apanhámos um comboio no qual estudámos as nossas apresentações e nos ajudámos e depois outro. Passaram as horas. Quando demos conta, tínhamos as nossas raparigas dentro dos nossos braços a dar-nos as boas vindas. Que excitação, eram todas tão simpáticas! Acompanhadas pela família, que também foram extremamente simpáticas e acolhedoras. Arrumei a minha mala no carro da família que ia ficar comigo e entrei no carro, já era de noite e pela viagem tinha a visão cheia das luzes da cidade e toda a paisagem, senti-me tão bem, tão relaxada, tão normal. Parecia que estava em casa.
Pequeno-Almoço
Castello Sforzesco
Felicidade e liberdade pelos jardins de Milão
Rede metropolitana
Preparação da apresentação no comboio
Primeiro momento com as famílias acolhedoras
Day 3
Primeiro dia na escola. Estava tão nervosa por ir conhecer os amigos e a escola da rapariga que ficou comigo. Estava nervosa pelas apresentações que iríamos fazer, não só a minha, mas também as das minhas colegas. Afinal de contas, era Portugal, Sátão e o Agrupamento de Escolas de Sátão que estávamos a representar.
Primeiro fez-se uma "visita guiada" pela escola para conhecermos as facilidades que ela proporciona. De seguida, um jogo (crossword) para testar os nossos conhecimentos acerca do que aprendemos e a utilização do Kahoot! com perguntas sobre Jerusalém que sabíamos devido a um video previamente visto. Depois um "pequeno"-almoço de boas vindas cheio dos mais variados alimentos tipicamente italianos. Depois, as apresentações. Correram bem, tanto a nossa como a dos outros países. Estávamos mais descansadas agora.
Hora de almoço finalmente. Foi tão estranho e tão engraçado em simultâneo. Sempre tinha visto nos ''teenager movies'', os tais adolescentes a levar sandes e garrafas de sumo ou água mas nunca pensei que me ia acontecer isso, sempre comi numa cantina com comida quente, mas ali estava eu, com uma sandes com mortandela (penso eu), a pensar que aquilo, em Portugal, nem pequeno-almoço era e ali, em Itália, era a coisa mais banal de sempre. Quem não está habituado, estranha, é normal.
Algum tempo livre para vermos a escola e depois fomos fazer uma ''caça ao tesouro'' em grupos, em que cada grupo, tinha pessoas de todos os países. Foi tudo muito bem organizado e tudo correu às mil maravilhas. Conseguimos conhecer os elementos dos outros países finalmente! Visitamos monumentos em Castelmassa enquanto respondíamos a perguntas na aplicação ''Huntzz'' acerca do que víamos. Tive que ir embora mais cedo porque a Luce, a minha rapariga (como dizíamos), ia de autocarro para a escola e vice-versa.
As viagens eram silenciosas, longas e silenciosas. Não havia grande tema de conversa, era normal. Mas ela apresentava-me sempre a todos os amigos dela, dizia que eu era de Portugal e que era fantástica. Eu tive sorte na rapariga que me calhou, foi a rapariga mais querida e genuína que já conheci.
Chegámos a casa e cada uma tomou um banho. Depois fomos jogar Wii e rir acerca das nossas figuras tristes frente à TV.
Passado um pouco era o jantar: massa à carbonara. Era tão bom.
Ao fim do jantar fomos ver um filme com legendas em inglês e audio em italiano mas passado um pouco o cansaço tomou conta de nós. Tínhamos que dormir.
Primeira manhã depois de dormirmos na casa acolhedora
Pequeno-almoço da escola
Caça ao tesouro
Day 4
Andar de barco no meio daquela imensidão de água com as melhores vistas que se podem imaginar, foi algo no mínimo fantástico. Para qualquer que fosse o lado para onde olhávamos, havia sempre algo estonteante para ver e apreciar. As fotos não podiam faltar como é óbvio.
Fizemos as nossas máscaras tão típicas de Veneza, cada uma a seu gosto e conforme a nossa criatividade: Deram-nos um molde de máscara branca, imensas cores, lápis e borracha, toca a transformar aquela máscara branca em algo que mostrasse a nossa alma, aquilo que queríamos que vissem em nós. Eu, pelo menos, acho que consegui transpor o que queria para aquela máscara. Guardarei a minha para sempre, sem dúvida, nunca me esquecerei disto, algo que já ansiava há tanto tempo, inesquecível mesmo.
Assim que acabámos, fomos jogar futebol para o jardim no exterior com pessoas dos outros países. Estávamos esfomeados e à espera que toda a gente acabasse.
Então, assim que todos acabaram, fomos almoçar num restaurante calmo que deu para descontrair e repor as energias. Deram-nos a escolher entre duas massas. Nós portuguesas, pedimos um pouco das duas e conseguimos assim provar das duas qualidades. Era tão bom. E depois a tão aguardada sobremesa: tiramisú. Toda a gente falava e relacionava-se, tirávamos fotos e trocávamos palavras das nossas línguas e as nossas redes sociais, foi tão bom.
Depois, mais unidos que nunca, fizemos a volta pela cidade, pelas ruas que se cruzavam todas, pelos canais, ainda por cima no dia dos namorados. Que melhor?
Fomos de barco para Veneza em si, era ótimo viajar de barco. Assim que chegámos, estipulámos um local e uma hora e combinámos que todos estaríamos lá nessa altura. O que mais adorei em Veneza foi a liberdade que nos deram, era mesmo muito melhor podermos ver o que queremos sem termos de andar em grupos de 40. Estava habituada a ir nas visitas de estudo e não aproveitar nada porque eram muitos alunos mas ali, mais uma vez, a organização foi perfeita. Deu para ver as coisas com calma, comprar lembranças, e estar no sítio a horas. Andei com um grupo que albergava italianas, uma alemã e as portuguesas, foi perfeito. Deram-nos liberdade para ver tudo, para explorar tudo, para ficarmos boquiabertas. Visitámos milhares de lojas, as recordações para os nossos ente queridos não podiam faltar. Qualquer pessoa gostaria de ir a Veneza e eu estava lá, porque não levar uma recordação de lá?
Quando chegou a altura de nos juntarmos todos novamente, todos estavam cheios de histórias para contar. Dirigimo-nos à estação de comboios e mesmo à frente dela estava um rapaz a cantar e ninguém imagina o sentimento que nos invade quando estamos em Veneza, na cidade que muitos consideram a mais bonita do mundo, com música linda a acompanhar, com as luzes a iluminar a água cristalina e longe de tudo e todos. Precisava mesmo disto, revigorante em todos os aspetos.
O pai da Luce foi-nos buscar quando chegámos à estação. Estava tão entusiasmado pela filha ter ido a Veneza, a perguntar-lhe se gostou, se era bonito, tão carinhoso.
O jantar foi o melhor jantar que já comi em toda a minha vida. Basicamente era pão tipo wrap, queijo e um tipo de fiambre/presunto que havia. Era simplesmente delicioso, tão simples mas tão bom!
Hora de ir dormir, arrumei tudo, liguei aos meus pais a explicar-lhe o que tinha feito o dia todo e fui dormir.
Primeira foto em Veneza
Já com as máscaras criadas
Pelos canais de Veneza
Almoço: junção das duas massas
Tempo de apreciar
O pôr do sol no melhor sítio da Terra.
Day 5
Quando chegámos fomos abordadas por um guia turístico que nos mostrou uma parte desta cidade, dando informações mesmo muito interessantes pelo caminho. As paisagens eram tão bonitas, mesmo incríveis, quase como que desenhadas.
O melhor de Verona foi a arena, imaginar o que outrora tinha acontecido ali era fantástico, fazía pensar, refletir, enchía a alma. Quem me dera poder presenciar, nem que por um minuto, alguma ''atuação'' que há séculos acontecera naquela mesma arena em que estávamos.
Claro que, portuguesa que é portuguesa e tem orgulho no que Portugal tem, quando vê algo em que o Cristiano Ronaldo aparece, tem que fazer uma festa e lembrar todos os estrangeiros que o melhor do mundo em futebol, é nosso - foi o que aconteceu quando passámos por uma imagem dele e o orgulho se transpunha.
Destino à casa de Julieta e o que me veio logo ao pensamento foi o filme que tinha visto: ''Cartas para Julieta''. Reconheci logo o local e emocionei-me. Era dos meus filmes preferidos e naquele momento eu estava no local onde tinha sido gravado. Que sonho, sem palavras mesmo. Lê-mos o que tinham escrito os casais apaixonados na parede mais ao lado e era impossível ficar imune, era realmente bonito ler tudo aquilo.
Hora de comprar mais umas recordações e almoço! Uma pizza para cada um num restaurante lá perto. Ficámos com os polacos e com um alemão, era um ambiente mesmo bom, sempre a rir e partilhar histórias de cada um de nós.
De seguida, fomos às compras com as professoras que nos acompanharam. Comemos um gelado cada uma e visitámos imensas lojas de modo a conhecer bem aquilo.
Juntámos o grupo todo novamente e tirámos a foto de grupo: todos os elementos deste projeto juntos numa foto que ficará eternamente guardada.
Autocarro novamente e chegámos a casa novamente. Um duche rápido e fomos dormir, o cansaço era imenso.
Alle Aquile del VI Alpini
Arena de Verona
Quando o melhor do mundo em futebol é nosso
Estátua de Julieta
Onde o amor se pronuncia
Varanda da Julieta
Day 6
Assim que chegámos foi abordada por imensos alunos, trocaram abraços e beijinhos, e ela fez questão de me apresentar a todos, eram todos tão simpáticos e tentarem falar comigo em inglês e italiano. Entrámos e eu fiquei maravilhada, sem dúvida. Via-se mesmo que era uma escola de desenho, tinha desenhos tão tão lindos pelas paredes e corredores da escola, davam um ar à escola mesmo artístico. Fizeram-nos uma visita guiada pela escola, nomeadamente pelas salas. Depois foi uma pausa na manhã e hora do lanche. A Luce estava nervosa por causa da apresentação da escola que também tinha que fazer mas eu ajudei-a a preparar as coisas e tudo correu como pretendido; tanto a apresentação dela como a de todos.
Depois levaram-nos para uma sala onde pudemos pôr mãos à obra e pintar uma mala (no caso das raparigas) ou uma tshirt (no caso dos rapazes) com uma técnica que nos ensinaram que consistia em pintar o que queríamos numa película e depois colocá-la em cima do tecido que queríamos pintar. Exagerei na tinta por isso o meu resultado não foi como esperado.
Fiquei com a Luce à espera do autocarro para irmos embora e umas amigas juntaram-se a nós. Eram tão simpáticas, depois pela viagem fomos falando e fomos juntas para casa da Luce. Lá, ensinaram-me a jogar ao Monopólio, coisa que eu nunca tinha feito porque nunca tinha jogado jogos daquela natureza, talvez propício de não ter irmãos ou algo assim, não sei. Com elas foi tão bom, pena que acabei por perder. Depois fomos a um centro comercial pertinho, comprámos alguma comida e fomos para um jardim comer e falar, mais uma vez assuntos pessoais que todas nós partilhamos como se já nos conhecêssemos há anos. Era tão bom. A Luce disse-me que a mãe dela me queria conhecer também (os pais estavam separados) e então, a pé, lá fomos nós. Era pertinho. Tive sorte que a mãe falava francês então pudemos trocar algumas palavras. Ela mostrou-me fotos da Luce e das irmãs dela de quando eram pequenas e de seguida deu-me um perfume como prenda. Tentei recusar mas ela era teimosa e disse que eu merecia. Quando nos despedimos, a mãe dela chorou. E naquele momento, tudo desabou. Comecei a cair na realidade de que eram as minhas últimas horas ali. Ver a mãe dela a chorar por eu me ir embora é algo que eu nunca na minha vida vou esquecer.
Voltámos para casa e preparámo-nos. Hoje íamos ter festa na escola, festa de despedida. A comida era ótima e o ambiente era fantástico, depois fomos para uma sala maior e meteram karaoke. Todos a cantarmos como se não houvesse amanhã e a dançarmos. O rapaz polaco bem que ainda nos tentou ensinar uma dança, mas acho que ninguém a assimilou muito bem o que foi muito engraçado. Depois chamaram os nomes de cada um para receberem o certificado de participação. Sempre que chamavam alguém as palmas eram estridentes, cheias de orgulho, de agradecimento! São momentos que nos arrepiam. Depois mais música e as despedidas. Os abraços, as milhares de fotos tiradas, as lágrimas. Fomos todos para casa já um pouco desanimados, íamos ter tantas saudades.
Última noite a dormir naquela casa. Ia ter tantas saudades.
A fazer as malas
Resultado final na tshirt assinada por todos
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Day 7
Mais despedidas, agora definitivamente. Depois daquele momento, provavelmente nunca mais nos voltaríamos a ver. Era muita coisa para aguentar. Só iríamos voltar a estar com as família das raparigas que ficaram com as portuguesas, de resto, era o último adeus. As lágrimas atacaram novamente a alguns estudantes mas eu ainda não tinha chorado, apesar de ter tido vontade muita vez, sempre me controlei, mas era tanta coisa deixada para trás, custava tanto. Os italianos a tentarem fazer com que nós sorríssemos dizendo ''No cry, smile, smile, woman no cry'', meu deus, irei ter tantas saudades.
Fiz a mala à pressa assim que cheguei à casa que me acolheu e deixei as minhas prendas que tinha trazido de Portugal. O pai dela veio ter comigo e disse-me em francês: ''Merci de vos parents pour avoir rendu si gentil et poli. Ce fut un plaisir de vous avoir ici.'' Naquele momento controlei-me tanto para não chorar, era uma orgulho tão grande ouvir aquilo. Aquelas palavras estarão comigo para a vida.
A tia dela levou-me à estação e lá foi o último abraço. Provavelmente o último momento juntas e as lágrimas das minhas colegas voltaram a cair. Depois chegou o comboio, metemos as malas dentro dele e foi a despedida final.
Assim que entrei no autocarro comecei a chorar desenfreadamente. Tinha-me controlado durante muito tempo mas aquele último momento acabou comigo. Era a última vez em toda a minha vida que ia estar ali.
Fomos para a estação de comboios em Verona para depois apanhar o autocarro e ir para o hotel e depois aeroporto. Quando íamos à casa de banho, estávamos nós no máximo a 5 metros, começou a cair o teto da estação, na parte da casa de banho. O alarme começou a soar e toda a gente a correr e a gritar, parecia um filme, um terramoto, sei lá, até mesmo um ataque terrorista. Foi sem dúvida o pior momento de toda a viagem devido ao susto que apanhámos. Se tivéssemos ido uns segundos mais cedo, provavelmente não estaríamos aqui agora.
No autocarro tínhamos internet e portanto já estávamos a falar com os nossos amigos italianos. Passadas apenas algumas horas e as saudades já falavam.
Fomos para o hotel e jantámos. A Joana e eu comemos frango com batatas fritas, que saudades da comida à Portugal. A Mariana comeu uma salada e uma maça porque estava com desejos a fruta e a vegetais. As professoras um prato italiano. Fomos dormir para Às 3h da manhã estarmos prontas para ir para o aeroporto apanhar o voo às 6h da manhã.
Último passo em Itália. Last goodbye. A emoção atacava o corpo todo juntamente com o cansaço, com as saudades das duas casas. Deixámos uma família em Portugal mas como certeza que fizemos uma em Itália. Amigos para a vida, experiência para toda a vida. Já me consigo imaginar, daqui a uns anos, a contar isto, de que quando tinha 15 participei no projeto ERASMUS e foi a melhor coisa que fiz em toda a vida. E quando isso acontecer, quando contar estas histórias todas a quem quer que seja, sei que falarei com todo o orgulho do mundo. Objetivo de vida cumprido, venho o próximo. Melhor semana da minha vida, tempo de voltar à rotina normal.
Uma parte do meu coração ficou na Itália. I'm a better person now, wiser too. Thank you. Thank you so much.