
Lara's Learning Diary
APPS4EL TTLA: Short-term exchange in Germany March 2017
Day 1
Apesar do voo ser só à tarde, incrivelmente acordei cedo e, com toda a euforia, acabei de preparar as malas, tentando não me esquecer de nada. Pensando já estar atrasada coloquei tudo no carro a correr e fui para a escola. Despedi-me da minha família e, curiosamente, ainda não tinha tido muito tempo para pensar na minha ida à Alemanha.
Partimos às 14 horas para o aeroporto e, depressa, as minhas expectativas acerca daquela semana começavam a aumentar. Estava, finalmente, no meu primeiro intercâmbio.
Quando chegámos ao aeroporto, era tudo novo para mim, ia andar pela primeira vez de avião. O nervosismo começava a aumentar à medida que nos aproximávamos mais da hora de embarcar, mas rapidamente passou quando nos sentamos no avião, estava realmente entusiasmada.
Após sairmos do avião fomos para o autocarro que nos levou até Munique, durante esta viagem nem conseguia acreditar na beleza desta cidade, os edifícios construídos de maneira tão perfeita, o respeito que as pessoas tinham umas pelas outras nos transportes públicos, não falando muito alto, a grande quantidade de bicicletas, acreditei que aquela seria decerto uma grande experiência. De seguida, fomos para um pequeno Hotel (Goethe hotel) onde passámos alguns bons momentos e onde começava a criar uns laços mais fortes com os meus parceiros portugueses de Erasmus. Durante a pequena caminhada até ao hotel nem conseguimos apreciar bem as longas ruas de Munique visto que estávamos tão carregados e cansados com as bagagens.
Finalmente, chegámos e fomos dormir, apesar de ter sido difícil com tanto entusiasmo, mas tínhamos de conseguir estar de olhos bem abertos para apreciar Munique e conhecer as nossas famílias no dia seguinte.
Day 2
Após uma noite bem curtinha, pois acordei cedo, fui tomar o pequeno almoço e haviam aí típicos pequenos-almoços de vários países, como da Turquia, da Alemanha, entre outros. Deixámos as bagagens no hotel e fomos, finalmente, visitar Munique, que em pouco era idêntico a Portugal, por exemplo, reparei que existem vários locais específicos onde colocar as bicicletas e, além disso, normalmente estavam bastante cheios.
Em Munique estava bastante Sol, o que foi estranho para mim que considerava a Alemanha um país bastante frio. Fomos ao encontro da Marienplatz mit Rathaus onde vimos a Glockenspiel. Vimos belas e grandes igrejas e, com bastante sorte, numa delas ouvimos um pequeno concerto de Bach, com um órgão de tubos, mas, infelizmente, tivemos de abandonar esta igreja para irmos almoçar. Como é típico nos dias de hoje, o nosso destino para almoçar foi o Mc Donalds, o que não foi muito interessante, visto que este existe em quase todo o mundo. E, para além disto, foi muito difícil conseguir comer os 20 nuggets e todas aquelas batatas fritas.
Depois de tudo isto, fomos para a estação de comboios. Finalmente íamos conhecer a nossa família pessoalmente. Passei parte da viagem a ouvir os meus colegas a dizer “ Será que a minha família vai gostar de mim?” e a pensar o mesmo para mim mesma.
Quando chegámos, encontrámos dois professores com um cartaz a dizer Erasmus+ e soubemos logo que esse era o “nosso nome”.
Fomos com um deles de carrinha para a escola dos nossos parceiros onde estes se encontravam à nossa espera e, de seguida, fui para casa a caminhar, pois esta encontrava-se a 3 minutos da escola, enquanto eu e a minha parceira conversávamos acerca de nós, tentando conhecer-mo-nos melhor. E assim se prolongou esta conversa até à hora do jantar. Mas antes disto ainda sucedeu uma situação engraçada: eu sabia que em muitos países nórdicos se descalçavam antes de entrar em casa e vinha desde Portugal programada para o fazer, mas distraída a conversar com a minha parceira só me lembrei depois de ter entrado em casa, então, voltei a sair, descalcei-me e ficou tudo resolvido.
Depois, fomos dormir com o rádio ligado durante duas horas, pois era um hábito da minha parceira de que eu não me importei e habituei-me tanto que ainda hoje, por vezes, o faço.
Finalmente a conhecer Munique
Com direito a concerto de bach
Num café de hard rock
Day 3
Trimmm. Acordámos às 6h, porque pensávamos que tínhamos de estar na escola às 7:30, pois era esta a hora que eles normalmente tinham aulas. Curiosamente, encontrei o programa das nossas atividades e foi motivo para rir, pois tínhamos de estar na escola apenas às 8:30, o que me deu bastante tempo para me ambientar melhor à família e à casa.
Penso que criei um hábito na minha anfitriã, pelo menos durante aquela semana, o hábito de ela tomar o pequeno-almoço.
Às 8:30 fomos recebidos no hall da escola e foi-nos apresentadas várias coisas, como uma canção cantada por crianças muito queridas da primária, algumas músicas tocadas com instrumentos musicais, como por exemplo xilofones e uma dança por raparigas que frequentavam aulas de dança na escola.
Rapidamente, chegou o intervalo e, de seguida, fomos conhecer a escola e o ginásio com a ajuda de CRcodes que nos davam acesso a ficheiros auditivos acerca das várias partes da escola. Mas, infelizmente, alguns deles não estavam a funcionar muito bem e várias partes da escola, que era suposto conhecermos estavam fechadas. Para além disso, dividiram-nos em grupos e eu e uma parceira portuguesa ficamos, apenas no meio de alemães que não falavam connosco.
Depois, fomos até à câmara municipal onde ouvimos uma apresentação pelo presidente da câmara e recebemos um pequeno presente que nos pode ser útil nas aulas de matemática e de físico- química, uma calculadora.
À diferença de Portugal, na cantina das escolas comem muitas vezes hambúrgueres e, neste dia, este foi o nosso almoço, que comemos enquanto conversávamos com alguns outros parceiros do intercâmbio e enquanto ouvia os meus colegas portugueses stressados por causa da apresentação que íamos fazer à tarde.
À tarde, fiz uma apresentação acerca do Sátão e fiquei a conhecer alguns dados acerca da Polónia, Espanha, Itália e, claro, também da Alemanha.
Ainda neste dia fizemos um pequeno passeio cultural por Ausgburg guiado por alguns alunos alemães que faziam parte do projeto. Vimos a Perlwchtrum, construída no século X e, com grande surpresa, tinha 258 escadas, conhecemos o Fuggerei, construída no século XVI, por Jakob Fugger, para acolher as pessoas pobres na idade média. Todas aquelas casas tinham uma maçaneta diferente em cada um, pois na altura não havia luz e esta era a maneira de cada pessoa saber qual era a sua casa e, para além disto, todos os que aí habitavam tinham de rezar todo os dias por Jackob Fugger e, atualmente, pagam noventa e nove cêntimos por ano. A nossa anfitriã, muito simpática, explicou-nos várias coisas acerca deste local e esta foi uma das parte de Augsburg que mais me encantou.
Visitámos uma bela Catedral e, também, a estátua do imperial Mile.
Foi bastante surpreendente conhecer tantos aspetos importantes acerca daqueles locais e aperceber-me de tantas diferenças existentes entre a Alemanha e Portugal, o que também melhorou a minha capacidade critica.
A seguir, fui, incrivelmente, pela primeira vez jogar bowling e como éramos tão especiais ficámos na zona VIP.
Às 19:30 regressámos a casa com as nossas famílias e eu fui com a minha anfitriã ao supermercado de bicicleta.
Finalmente, o dia chegou ao fim e fomos dormir.
Visita às salas de aula...
Visita a Augsburg guidada por alunos
Perlachturm, Augsburg
Day 4
Neste dia, já acordámos um bocadinho mais tarde e a minha parceira preparou-me como pequeno-almoço um ovo cozido, uma maçã e café com leite, foi uma experiência bastante interessante provar algo tão típico da Alemanha, assim como, também foi interessante correr até à estação de comboios, pois já estávamos um pouco atrasadas, não que isto não sucedesse em dias normais, em Portugal…
Às 10:30, depois de já termos chegado a Munique, fomos a um fab lab, onde fizemos um coding workshop. Fomos divididos em dois grupos, de um lado fizemos umas placas de madeira com o nosso nome, trabalhando com um sistema de computador e uma máquina a laser e do outro lado hakeamos o minecraft trabalhando também com sistemas de computadores. Nestas duas atividades aprendemos bastante a trabalhar com estes dois sistemas, conhecemos o surgimento dos fab lab, a quantidade existente no mundo, o investimento necessário para abrir um fab lab, que é bastante elevado, entre outras coisas muito interessantes.
De seguida, fomos visitar a taberna mais famosa de Munique, a Hofbräuhaus, nunca tinha visto nada assim antes, era tão grande e tão bonita! Visitámos também a capela de St. Peter, a mais antiga de Munique e vimos, novamente, a Marienplatz. Depois de vermos coisas tão inimagináveis e incríveis, tivemos a oportunidade de passar algum tempo a ver o centro de Munique livremente mas, rapidamente, chegou a hora de regressar a casa com as nossas famílias.
Após um dia cansativo, chegar a casa até soube bem e o jantar foi bastante bom, visto que o pai da minha parceira era um cozinheiro francês e, para além disso, provei as deliciosas salsichas alemãs.
De seguida, fui tentar responder a todas as mensagens de Portugal e dormir, pois o dia seguinte iria ser longo.
De visita em Munique
O certificado do meu trabalho árduo no coding workshop
O nosso delícioso jantar típico alemão
Day 5
De manhã, acordei cheia de vontade, já a criar uns fortes laços com a minha família e uma certa rotina, chegámos à escola as 8:30 e fomos recebidos novamente na mesma sala do primeiro dia, onde nos foi explicado aquilo que íamos fazer na parte da manhã. Íamos estar 15 minutos a assistir a uma pequena aula com os alunos a utilizaram diferentes aplicações para aprendizagem.
Conhecemos quatro diferentes aplicações, uma de geogebra que nos permitia construir, segundo determinadas regras, uma figura geométrica e partilhar o produto final com o respetivo professor, outra das aplicações, que gostei imenso, foi uma para aprender alemão, que foi criada para que os refugiados conseguissem aprender esta língua e adorei poder experimentá-la, ficando, no final, a conhecer o nome de alguns animais em alemão, pois bastava escolher o tema que queríamos aprender e vuala, aprendíamos rapidamente. Outra das aplicações consistia em formar vários grupos e em diferentes computadores apareciam as respostas para a pergunta que era feita e em conjunto tinham de escolher a correta, gostei bastante de ver como as crianças a jogar desenvolviam a sua perspicácia e tentavam arranjar um consenso entre eles para escolherem a resposta certa. Por último, aprendemos, também, a utilizar uma aplicação muito útil na realização de contas.
Depois de conhecermos tantas aplicações, fizemos um pequeno intervalo, onde contactei com pessoas não só da Alemanha, como também da Turquia, da Síria e da Ucrânia e, só nestes pequenos minutos, apercebi-me de muitas dificuldades que alguns países, infelizmente, atravessam.
As atividades a seguir eram bastante chamativas, mas, injustamente, fomos divididos em dois grupos, uns de rapazes e outros de raparigas, sendo que não tivemos oportunidade de escolha, o grupo de rapazes foi fazer trabalhos manuais e nós fomos cozinhar.
Apercebe-mo-nos que íamos cozinhar chili con carne e algumas sobremesas, mas as receitas estavam só em alemão e, portanto, foi difícil conseguir-mos ter alguma autonomia para fazer o que estava escrito na receita. Para piorar as injustiças da divisão do grupo, as raparigas é que tiveram de cozinhar para os alunos e professores do projeto Apps4EL. Mas, no final, o resultado dos nossos dotes culinários não foram maus.
Estava bastante entusiasmada para escalar, à tarde. Encontrá-mo-nos à entrada da escola para nos reunirmos e seguimos viajem. Era a única portuguesa entre polacos, espanhóis e alemães, que tinha escolhido aquele desporto.
Quando chegámos ao local onde ía escalar aquilo pareceu-me enorme. Entrámos, calçámos uns sapatos específicos para escalar e lá nos explicaram algumas coisas em alemão que nos foram traduzidas. Quando comecei a escalar, as minhas expectativas aumentaram, pois nunca pensei que fosse tão divertido e, rapidamente, se passaram duas horas e, pouco depois, estamos outra vez a regressar à escola. Gostei bastante desta atividade, não só pelo facto de ter adorado escalar e querer voltar a repetir, mas também porque conheci várias pessoas do intercâmbio, com quem ainda não tinha falado.
Regressámos a casa e prepará-mo-nos para a festa que iria haver num bar para jovens chamado “inside”. Estes bares para jovens, onde não são servidas bebidas alcoólicas, são bastante comuns na Alemanha e frequentados por jovens e não existem em Portugal. Não adorei esta atividade, pois não gostei de grande parte da música e a festa era um pouco aborrecida.
Às 21:30 voltámos todos para casa e fomos dormir, tentando estar despertos no dia seguinte para ver as montanhas.
Algumas aplicações: geogebra
Aplicação para aprender alemão
Chefes de cozinha
Day 6
Acordei, já com a rotina definida; levantar, vestir, chamarem-me para o pequeno-almoço e sair de casa. A semana estava a passar demasiado rápido e, portanto, tentei aproveitar o máximo que consegui.
Como já tinha dito, neste dia, íamos visitar as famosas montanhas e, por isso, não nos podíamos atrasar. Saímos de casa com antecedência para chegarmos a tempo à escola e partimos numa viajem de quase duas horas de autocarro.
Mal comecei a avistar as montanhas não conseguia parar de olhar para aquela paisagem natural tão bela e inigualável e para algumas casas que encaixavam na perfeição no local onde estavam, como se tivessem sido postas pela própria natureza.
Quando chegámos às montanhas em Allgäu, entrámos numa fábrica de queijo e à entrada vimos uma pequena apresentação de um vídeo acerca da fábrica e do processo de fabrico dos queijos e tivemos a oportunidade de a visitar por dentro e de provar queijo que, na minha opinião, tinha um sabor bastante forte.
Depois de tudo isto, fomos almoçar num restaurante nas montanhas e, de seguida, fomos, finalmente, visitar o castelo Neuschwanstein que se encontrava sobre as montanhas. Nunca tinha entrado num castelo como aquele, as paredes todas decoradas com pinturas perfeitas e maravilhosas, naquele salão enorme, fez-me recuar à muitos séculos atrás e imaginar como seriam feitos ali os bailes, com aqueles vestidos compridos e exuberantes e com as músicas adequadas para aquelas cerimónias. O castelo era, todo ele, perfeito, não faltava nada, encaixava tudo na perfeição e, surpreendeu-me muito o facto de num dos quartos a água vir de um rio natural na altura em que os réis aí viviam.
Foi bastante triste ter de sair do castelo para regressar à escola, mas lá teve de ser e às 19 horas já estávamos em casa e, pouco depois, a desfrutar do penúltimo jantar com a minha querida família, que preparou comida francesa que eu adorei.
A bela paisagem...
...e as montanhas, em Neuschwanstein
O primeiro castelo a visitar após uma longa subida
Day 7
Acordei, sem conseguir acreditar que era o último dia, não queria voltar a casa, era demasiado cedo, no fundo aquela era a minha família adotiva que me recebia sempre de braços abertos.
Lá teve de ser, ganhar coragem e aproveitar o último dia.
Reuni-mo-nos todos na escola e fomos de autocarro até Nördlingen. Esta é uma cidade que tinha sido atingida por um meteorito com um diâmetro de 1,5 quilómetros há 15 milhões de anos e, curiosamente, ainda é possível encontrar algumas partes dele e, surpreendentemente, alguns diamantes, esta cidade tem também uma população de 24000 pessoas.
Caminhámos bastante ao longo deste dia, percorrendo algumas ruas deste local com casas pintadas de maneira bem diferente de Portugal e que davam às ruas um ar mais sofisticado e acolhedor. Depois visitámos uma igreja onde se via claramente o estilo gótico, talvez a maior de todas as que já tínhamos visitado durante aquela semana. Infelizmente, não pudemos subir uma torre com centenas de escadas, pois estava fechada.
Depois, fomos ver o castelo de Katzenstein, que não me surpreendeu tanto quanto o que vimos na quinta-feira, pois este era mais pequeno e não tinha tantos pormenores, mas ainda assim surpreendeu-me a quantidade de escadas que tivemos de subir e a paisagem da natureza bastante esverdeada e de algumas casas pequeninas no meio dela que conseguíamos observar pelas janelas no último andar.
Depois disto, vimos a igreja mais famosa da Alemanha e regressámos para a escola, numa viajem um pouco estranha, pois aproximava-se o momento de nos despedirmos.
A semana tinha acabado e estava na altura de dizer adeus a todos, foi um momento um pouco triste para mim, apesar de não terem havido lágrimas, mas sabia que depressa estaria novamente na minha vila e escola aborrecidas, sem algumas daquelas pessoas com quem tinha criado laços, alguns deles mais fortes do que outros.
Tinha-mos a tarde livre para fazer o que quiséssemos, mas não era a mesma coisa sem as outras pessoas do intercâmbio. Voltámos para casa e descansámos um bocado para conseguir ir visitar a city galerie em Augsburg.
Comprámos um gelado e entrámos no comboio.
Para chegarmos ao sítio onde queríamos chegar, fizemos uma pequena caminhada por locais muito bonitos que ainda não tinha tido oportunidade de ver e, finalmente, chegámos ao city galerie onde estivemos o resto da tarde.
Era já por volta das oito da noite e decidiram levar-me a jantar ao típico Burger King. Aquilo que não era tão igual como em Portugal era o ketchup que em vez de ter a típica quantidade, cada pacote tinha o dobro e, para além disso, outra diferença é a água que é, maioritariamente, gasificada.
Depois do último jantar com as minhas anfitriãs regressámos a casa.
Dormir foi difícil, visto que, tinha de arrumar o resto das coisas e era a minha última noite ali.
De visita...
...pelos monumentos e pelas ruas...
......de Nördlingen
Castelo de Katzenstein
A conhecer a beleza da cidade
Último dia por Augsburg
Day 8
Naooooooooo, é demasiado cedo para voltar!-pensei para mim quando acordei.
Como ainda tínhamos duas horas e meia para estar na estação de comboios, acabei de arrumar tudo, ajudei a tirar a minha anfitriã da cama e fomos dar uma volta pelo parque, que ainda não tinha tido oportunidade de ver. Lembro-me que fiquei a pensar como era possível, depois de ver tantas coisas espantosas na Alemanha me iria conseguir voltar a habituar ao Sátão. Tirei umas quantas fotos ao parque, passámos pelo supermercado para comprar uns últimos chocolates e regressámos a casa.
Rapidamente, estava na hora de partir, entrámos no carro com algumas dificuldades, visto que as bagagens estavam cheias e pesadas, e fomos até à estação de comboios. Foi difícil despedir-me da minha família que me acolheu com tanto carinho durante toda aquela semana, mas teve que ser. Dissemos um último “Goodbye! But not forever” e entrei com os meus amigos portugueses para o comboio, onde começaram a vir as saudades e fomos diretos para Ulm.
Ao chegarmos guardámos as pesadas bagagens nos cacifos da estação e fomos fazer uma visita àquela cidade, não sem antes passarmos primeiro por uma livraria para comprar livros baratinhos.
Depois de passármos por casas e ruas tão fofinhas e em boa companhia,o nosso destino de almoço foi novamente o McDonalds, mas desta vez sem nuggets.
À tarde conhecemos um pouco mais daquela cidade e entrámos numa loja de antiguidades que eu adorei, pois sou apaixonada por história e coisas antigas. Adorei também ver um pequeno memorial em memória dos judeus e um centro cultural com fotos e alguns dados de Einstein e, ainda, uma exposição fotográfica sobre a Índia muito bem planeada.
Infelizmente, passou o tempo e tivemos de regressar ainda com alguma antecedência à estação. Pegámos nas malas e esperámos num banco ao ar livre, enquanto me vinham momentos engraçados e tristes à cabeça. Chegou o momento de ir até ao autocarro e entrar, rapidamente as gargalhadas se transformaram em lágrimas de saudades e assim continuou até chegármos a Portugal. Foi muito difícil a viagem de regresso, só queríamos voltar para trás e ficar mais um tempo na Alemanha.
Impressão global
Esta foi realmente uma experiência incrível, decerto a melhor experiência da minha vida! Todas as atividades foram especulares, exceto algum machismo numa delas, mas pronto. Apenas numa semana aprendi grandes coisas, fiz bastantes amizades e criei laços muito mais fortes com os meu companheiros portugueses de Erasmus, que espero mante-los para toda a vida. Fiquei mais recetiva a novas ideias, pessoas e culturas e mais sensibilizada para com alguns assuntos e problemas que se debatem na atualidade. Aprendi acerca do sistema educativo de quase todos os países que participaram neste projeto e, claro, conheci várias aplicações, algumas relacionadas com matemática e ciências e outras com línguas estrangeiras, que nos permitem aprender muito! Espero, ansiosamente, poder voltar a ter uma nova experiência semelhante a esta!