
Projeto Quero Ser Cientista
Boletim n.º 6 Janeiro 2013
Avaliação do Projeto Quero Ser Cientista
Agora que iniciámos o segundo período venho trazer-vos informação sobre a nossa avaliação do projecto Quero Ser Cientista, assim como dar-vos conta de todas as actividades de angariação que foram realizadas e do dinheiro que foi assim conseguido para a dinamização das actividades do período e Ciência à quarta-feira e no qual decorrem as iniciativas do projecto Quero Ser Cientista.
Antes ainda de mencionar as atividades e a forma como decorreram as iniciativas quero agradecer a todos os pais a forma como apoiaram e acolheram as iniciativas propostas, principalmente as que obrigaram a algum esforço e custo para que conseguissem ser levadas a cabo. Estou a referir-me especificamente ao projecto Sextas feiras Doces, para o qual vários pais contribuíram com bolos e doces.
A razão de ser do Projeto Quero Ser Cientista
Quando o laboratório ficou pronto, já tinha sido discutido com a professora Isa a forma de incentivar o espírito científico e a curiosidade experimental necessária ao desenvolvimento de um gosto pela ciência.
Desta forma, começou a pensar-se em desenvolver uma iniciativa, de algum modo controlada por dois docentes ( José Romão e Isa Sena), a qual decorresse em ambiente de laboratório que estivesse dependente da forma como as crianças iam evoluindo no conceito de observação e experimentação.
Assim propôs-se que no início eles trabalhassem dentro de uma área específica de forma a que tivessem de percorrer todos os passos necessários ao correto desenvolvimento das noções de experimentação científica. A primeira área escolhida foi a dos fenómenos atmosféricos. Pretendíamos que fizessem pesquisa de elementos que lhes permitissem determinar quais os aspectos mais importantes dentro dos possíveis fenómenos atmosféricos e que depois tentassem por um lado simular situações em laboratório e por outro tentassem propor equipamentos para uma ajuda de medição e análise dos referidos fenómenos.
Cedo reparámos, todavia, que as crianças desta idade não têm a curiosidade desenvolvida e que, se não fossemos nós docentes a mostrar-lhes o caminho para a pesquisa e subsequente experimentação, eles não iriam fazer nada. Depois reparámos ainda que o espaço de Ciência era muitas vezes apenas um espaço para onde eles iam brincar e conversar, sem a mínima intenção de tentar estudas, observar, ou compreender qualquer fenómeno que lhes propuséssemos.
Começámos então a ponderar qual o caminho a seguir para tentarmos induzir o espírito da curiosidade científica nas suas mentes. E foi neste percurso que surgiu também a necessidade de arranjarmos forma de conseguir materiais para o laboratório de forma a, por um lado permitir que eles pudessem participar na decisão e execução de iniciativas de angariação de dinheiro, mas por outro como uma forma de lhes fazer compreender que quando se quer atingir um objectivo torna-se necessário determinarmos bem o que queremos por forma a decidirmos qual o melhor caminho e estratégia para o conseguir.
Na mesma altura, a actividade coincidiu com uma formação em que eu estive presente, orientada pela AIP e dirigida para o espírito empreendedor. Juntando um pouco o objectivo do desenvolvimento do espírito empreendedor com o projecto de Ciência que já tínhamos iniciado, decidimos então optar por uma via mais prática, que pudesse integrar tudo num mesmo projecto único e através do qual pudéssemos atingir os nossos objetivos iniciais: desenvolver a curiosidade e o gosta pela descoberta, tendo ao mesmo tempo uma atenção aos pormenores necessários para uma planificação, organização e desempenho de qualquer projecto a que nos propuséssemos.
Nasceu assim todo o conjunto de iniciativas que desencadeámos: as experiências para a criação de plástico a partir do leite e subsequente manufactura de ímanes de frigorífico com o material daí resultante; as experiências para fazer queijo fresco a partir do leite; o projecto de chocadeira para os ovos de perú que entretanto arranjámos, por forma a que as crianças pudessem participar em todos os passos da eclosão dos ovos; a semeadura de ervas de cheiro para mais tarde proporcionarmos como meio de angariação de fundos para o laboratório; a confecção de vários tipos de doce ( abóbora, marmelo, tomate e romã) e ainda a confecção de gomas, bombons e outro tipo de guloseimas.
Foi também nesta altura em que decidimos avançar para o Cabaz de Natal como forma de conseguir verbas para os aquários que pretendemos pôr a funcionar no laboratório como meio de observação de peixes e plantas no seu meio. Todas estas iniciativas contaram com o entusiasmo dos alunos e dos docentes e restantes colaboradores do colégio bem como dos próprios pais que também apoiaram e ajudaram na sua consecução.
Da mesma forma começámos a elaborar uma lista de visitas de estudo a realizar pelos alunos, e que possam de alguma forma contribuir para as actividades que se pretendem desenvolver no âmbito do projecto Quero Ser Cientista. No primeiro período visitámos duas exposições no Pavilhão do Conhecimento, fizemos uma visita ao Museu nacional de História Natural para observarmos um laboratório antigo e fazer uma experiência e fizemos uma visita ao Palácio Burnay para visitar o centro de Botânica para podermos apresentar a área de catalogação de espécies botânicas.
Neste início de segundo período queria também informar-vos das verbas que foram entretanto conseguidas no âmbito das iniciativas do QSC e do destino das mesmas na aquisição de materiais e equipamentos necessários ao funcionamento das actividades no laboratório.
Cabaz de Natal …………………….............angariaram-se……………..440,00€
Doces de Abóbora, Marmelo e Romã angariaram-se …………...175,21€
Sextas Feiras Doces ………………………….angariaram-se ……………155,90€
Total angariado …………………………………………………………………….771,11€
Total de dinheiro gasto com materiais adquiridos ……………….. 654,91€
Especificando os maiores gastos:
Aquários …………………………………………………………………………………192,98€
Chocadeira e criadeira ……………………………………………………………. 168,30€
Doces (equipamentos, ingredientes e frascos)………………………… 95,70€
Restantes actividades ( já alguns materiais para o 2.º período)…197,93€
Saldo actual para o segundo período ………………………………………..116,2€
Parámos no período de interrupção de actividades letivas e estivemos a fazer um balanço do projecto e a tentar perceber quais as melhores vias para o desenvolver para o segundo período. Como chegámos à conclusão de que os alunos aderem melhor ao tipo de iniciativas em que têm de participar ativamente e fazer coisas que se vêem rapidamente e das quais veem os frutos ( dinheiro angariado) decidimos avançar para diversas actividade que implicam trabalhos manuais mas que ao mesmo tempo necessitam de alguma curiosidade e de iniciativa para serem levadas a cabo.
Assim pensámos em enveredar pelas seguintes áreas de trabalho:
Culinária: gomas, doces, bombons queijo e todas as criações que impliquem comida;
Aquários: organização e controlo dos ambientes dos aquários;
Criação de animais: chocadeira e ovos de galinha que eclodirão a 13 de janeiro;
Trabalhos de mãos: velas, têxteis ( teares manuais), cestas com papel de desperdício, pregadeiras, pins magnéticos para frigorífico, renda, ponto de cruz, croche;
Plantas: controlo das culturas de ervas de cheiro para futura preparação e venda de vasos para cozinha;
Reciclagem: construir equipamento para fazer papel reciclado e produzir papel reciclado para trabalhos manuais;
No sentido de espevitar o empreendedorismo e a motivação das crianças, vamos elaborar um contrato com eles de forma a que, de todos os produtos vendidos, haja um proporção de 50% para eles, de forma a perceberem que se pode criar e ganhar dinheiro com o próprio investimento, mesmo em coisas que aparentemente possam não ter muito valor.
É importante que eles percebam que eles podem fazer a diferença para o seu próprio futuro se tiverem um espírito empreendedor que os ajude a ter e a levar a cabo iniciativas que tenham um retorno económico.
Caso haja algum encarregado de educação que tenha alguma área de actividade que veja que pode trazer algo de útil á aprendizagem das crianças poderá sempre junto da direção ou da directora de turma apresentar uma proposta de participação ou de formação das crianças.
Como fazer doces
Doces de Abóbora para vender
Ervas de cheiro para culinária
Alfobre com plantas de cheiro semeados pelos alunos.
Como se fazem gomas
Gomas produzidas em laboratório pelos alunos...
Novos projetos para 2013
Colégio de Alfragide
Email: colegioalfragide@colegioalfragide.edu.pt
Website: www.calfragide.grupolusofona.pt
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Números anteriores do projeto Quero Ser Cientista
Boletim n.º 0 - http://smore.com/pm4q
Boletim n.º 1 - http://smore.com/26mb
Boletim n.º 2 - http://smore.com/eyv5
Boletim n.º 3 - http://smore.com/n0vt
Boletim n.º 4 - http://smore.com/ng1v
Boletim n.º 5 - http://smore.com/cpuu