
Joana's learning diary
Apps 4 EL TTLA in Italy (-11th to 17th February)
Day 1
Acordar às 4:50 foi difícil visto que a ansiedade não me deixou dormir, mas com as forças que restavam, às 5:15 estava na escola, tal como combinado.
Partimos para o Porto acompanhadas com frio e cansaço, e finalmente eram 8:30 quando chegámos ao nosso primeiro destino, o aeroporto, e passado 1h entrámos no voo. O nervosismo atacou-nos assim que descolámos, mas a conversa foi fluindo e a insegurança desapareceu. Passaram 2h30 a tirar fotos a nós como à paisagem surreal dos Pirenéus e falar de assuntos diversos quando finalmente aterramos em Milão, Itália. Podíamos oficialmente dizer ciao e todas as palavras italianas que aprendemos até ali, o que foi super excitante!
Durante o almoço, mudámos a hora dos telemóveis devido ao fuso horário e avisámos pais e amigos de que chegámos bem. De seguida, fomos diretas para o autocarro e notámos todas as diferenças de Sátão para o local onde estávamos no momento. Ao chegarmos ao centro de Milão, procurámos o metro e dirigimo-nos ao nosso hotel. Foi uma confusão enorme para nos movimentarmos devido ao facto de estarmos no desconhecido carregadas de bagagens e de ser a primeira vez que estávamos naquela cidade.
O hotel, apesar de pequeno, era muito confortável e acolhedor, e os funcionários igualmente super simpáticos e hospitaleiros. Descarregámos o peso que estava a mais connosco e partimos para explorar Milão. Muitas viagens de metro para chegar aos diferentes destinos, mas sempre ansiosas sem nunca perder o ânimo. Já cansadas de caminhar e apaixonadas com tantos monumentos e edifícios magníficos, enormes e detalhados como eu nunca vira antes, como a Catedral de Milão- Duomo e a Galeria Vittorio Emanuele, dirigimo-nos ao McDonalds para jantar visto que não tinhamos tempo para estar a procurar um restaurante com comida diferente, italiana. O jantar não foi nada de interessante, visto que McDonalds come-se em todo o lado.
Voltámos ao hotel, para poder descansar, repor as energias e as horas de sono em falta. Antes de adormecer, não faltaram as conversas mais pessoais, como os namoricos e os 'grandes' problemas entre nós que dormimos no mesmo quarto, separadamente das professoras.
Antes de dormir, fiz um ponto de situação para mim mesma: Estava em Milão, a dormir num hotel, com uma companhia fantástica, estava prestes a passear por uma cidade linda onde nunca estivera antes e uma semana inacreditável e de sonho estava prestes a acontecer. Não podia pedir melhor!
Fantástica paisagem dos Pirinéus
Colegas de Portugal, Mariana e Sofia
Exterior da Galeria Vittorio Emanuele
Catedral de Milão- Duomo
Hotel San Francisco
Interior da Galeria Vittorio Emanuele
Day 2
Vontade de mandar o despertador contra a parede ao tocar às 7:30 da manhã é o primeiro pensamento ao acordar. Muito cedo para uma pessoa que adormeceu tarde, mas perfeito para alguém que quer explorar cada canto de uma cidade desconhecida.
Com muito esforço, deixei a cama e preparei-me para mais um dia em Milão, o ultimo dia nesta cidade. Descemos para tomar o pequeno almoço, cumprimentámos as professoras e atacámos a comida que estava ao nosso dispor. Panquecas, ovos estrelados e mexidos, bacon, croissants, bolachas... Se os olhos também comem? Confirmo! Como resistir? Enchemos os pratos e ficámos tão satisfeitos, tanto com a comida como com a simpatia dos funcionários!
Partimos para a ultima ida ao centro de Milão, nunca desligando a máquina fotográfica para poder captar cada pequeno detalhe que fosse.
O tempo passou rápido e já eram horas de almoçar. Fomos a um restaurante perto do Arco Della Pace, onde pedi uma pizza que, honestamente, não era nada demais. Não tinha polpa de tomate, o que acho que é essencial numa pizza, e o queijo era muito forte, para não falar da massa que era muito fina! Fiquei logo com uma ideia negativa das famosas pizzas de Itália, mas tinha esperança de que ia melhorar.
Durante a exploração da cidade, passámos por um jardim que tinha umas almofadas para sentar nos bancos espalhados por causa do dia de S. Valentim! Uma ideia original e engraçada, sem dúvida!
No fim de admirar tanto edifício, posso concluir que Milão é completamente encantador e eu estava rendida!
Para o dia acabar em grande, fomos ao encontro das nossas colegas que nos iam receber em suas casas. A ansiedade e medo invadiu me a mim e às minhas colegas que vieram juntamente comigo nesta aventura, deixando-nos emocionadas por uns momentos no comboio, até nos acalmarmos e abraçarmos as novas colegas ao sair do transporte. Sem dúvida foi uma felicidade enorme por finalmente ver e estar com a Alessia, a rapariga que me ia acolher! E a mãe dela, super simpática! Tomámos o caminho para casa juntamente com as minhas duas novas colegas. visto que a Alessia não me acolheu só a mim mas também a uma alemã, chamada também Alessia.
Ao chegar, tivemos direito a uma visita guiada pela casa e instalámo-nos. Falámos um pouco até o jantar estar servido, que foi vitela com um molho picante, demais para o meu gosto, juntamente com polenta. O pão que eles tinham era muito estranho! Nunca tinha visto nada parecido, mas bom igualmente.
No quarto onde estávamos as três, houveram pontos mortos onde nenhuma de nós se sentiu à vontade, mas não me preocupei muito pois era o primeiro dia, por isso eu acreditava que com o tempo a comunicação ia melhorar.
Desejei-lhes boa noite e fui dormir na minha nova cama para a próxima semana.
Arco Della Pace, Milão
As almofadas espalhadas pelo jardim
Pelas ruas de Milão
Day 3
Acordar numa casa diferente foi entusiasmante o suficiente para me levantar da cama sem muito esforço mesmo depois das poucas horas dormidas. O meu pequeno almoço foi um brioche e sumo visto que não tinham chocolate em pó para colocar no leite, o que me entristeceu visto que adoro leite com chocolate, mas não foi um grande problema porque tinham muitos sumos e chás para o substituir.
Partimos para a escola no carro da mãe na qual tivemos uma visita guiada e acabámos numa sala com muita comida. Muitos bolos diferentes mas nenhum extraordinário. Esperava mais da comida italiana do que ela realmente é, pelo menos até aquele momento!
Depois do lanchinho da manhã, dirigimo-nos a uma sala para fazer as apresentações sobre os diferentes países incluídos. Portugal foi o primeiro e fiquei muito orgulhosa de nós, pois fomos elogiadas por um professor alemão e fomos as melhores (modéstia à parte), pois lemos pausadamente e não nos fixámos nos cartões com o nosso guião, o contrário do que todos os outros fizeram.
Ao acabarem as apresentações, o nervosismo desapareceu e fomos almoçar. Fizemo-lo juntamente com as professoras visto que ainda não tínhamos muita confiança com os outros participantes, mas isso não durou muito tempo, pois tivemos uma atividade que foi uma caça ao tesouro onde ficámos com uma ou duas pessoas no máximo de cada país, o que facilitou a criação de amizades. Esta aventura durou por volta de 2h, e consistia em passear um pouco por Castelmassa: visitámos um teatro lindíssimo, um museu, uma igreja... Tudo muito detalhado e diferente!
Ao acabar, fui para a escola para ir ao encontro da Alessia pois ela tinha ficado com febre e mal disposta e não veio connosco. Com o passar do tempo ela ficou melhor, o que me deixou aliviada pois não a queria ver mal e queria que ela viesse comigo para onde quer que eu fosse!
Nesse dia ajudei a mãe da Alessia a fazer o jantar, lasanha. Fiz a massa juntamente com ela, e preparei alguns dos ingredientes. O resultado foi mesmo delicioso! Das melhores lasanhas que já comi!
Deixámo-nos ficar na mesa a tentar comunicar por uns momentos. Passaram quase duas horas e nós ainda estávamos na mesa. Estava farta de lá estar pois não houve contacto entre nós e estávamos apenas a assistir televisão, que eu não percebia nada pois todos os canais de televisão em Itália são dublados.
Finalmente, levantei o meu prato e fui tomar um banho rápido e relaxante.
Como estávamos muito cansadas, depois de fazer videochamada com os meus pais, li um pouco de uma história no whattpad e fui dormir, já cansada só de pensar nas horas que tinha de me levantar no dia seguinte, mas como era para visitar Veneza, de certeza que ia valer a pena!
Museu
Preparação do jantar
Resultado final da massa para a lasanha
Day 4
Aquela vontade de esmagar o despertador renasceu em mim assim que o barulho irritante soou no quarto. Mesmo assim, levantei-me muito rápido pois não me queria atrasar para a visita, afinal estávamos a falar de Veneza! É como um sonho que estava prestes a tornar-se realidade: estar realmente a passear pelos canais, ver as gôndolas italianas ao vivo e só o simples facto de estar a pisar Veneza, que nunca pensei vir um dia acontecer, um sonho!
Tenho a impressão que tomei o pequeno almoço mais rápido do que o habitual. A ansiedade tomou conta de mim! Felizmente, a viagem de carro passou num instante, e dirigimo-nos todos à estação de comboios.
Durante a viagem, eu e as minhas colegas de Portugal sentámo-nos ao lado dum alemão que estava sentado sozinho. Criámos laços com ele, falámos um pouco de tudo, mesmo que difícil visto que o inglês dele não era muito fluente, mas dava para entender se prestássemos atenção.
Ao chegarmos a Veneza, uma felicidade enorme atravessou a minha alma. Estava em Veneza! Não conseguia conter o sorriso!
Entretanto, os professores e alunos foram a um café, enquanto que nós portuguesas fomos a lojas, até nos depararmos com uma paisagem lindíssima. Era como nos filmes, mas desta vez estávamos a ver com os nossos próprios olhos e não através de um ecrã! Preparei a máquina fotográfica e a partir daí foi só tirar fotos e mais fotos. Embarcámos num barco e as fotos continuaram a render.
Avisaram que íamos para o workshop das máscaras de Veneza e eu só queria ir a correr para começar mais rapidamente! Quando chegámos ao local fiquei boquiaberta. Haviam máscaras muito trabalhadas e giríssimas. É impressionante como um homem pode ter tanto talento!
Sentei-me, coloquei o avental e pus mãos à obra. Desenhar foi a parte fácil, mas pintar? Pintar foi muito difícil, desde a escolha das cores até ao contorno. Queria que ficasse perfeita, pelo que demorei mais tempo que os outros mas valeu completamente a pena!
Ao acabar, fui ter com o grupo e interagi com todos. Tirámos umas fotos, ensinámos-lhes a dizer nomes de cidades e aldeias portuguesas, o que foi super engraçado, e finalmente fomos para o restaurante. Haviam duas opções de prato em escolha, e como nós portuguesas não queremos perder nada de Itália, pedimos para colocarem um pouco dos dois ingredientes diferentes, massa com atum ou bolonhesa, no mesmo prato.
A massa estava um muito aldente, mas tanto o atum como a carne estavam bons!
Durante o almoço trocámos instagrams e facebook, e aí alguns tentaram dizer os nossos nomes. Que risada!
Partimos para Veneza, sair da ilha e ir para a cidade. Cada vez era tudo mais bonito! Andámos de barco mais uma vez, e desta vez enjoei um pouco mas recuperei assim que assentei os pés em terra. Reunímo-nos para decidir uma hora e local de encontro, e deixaram nos ficar com quem quiséssemos para nos guiar até lá. Fiquei com a Alessia, e como sabia que ela conhecia o lugar, senti-me à vontade e aproveitei o momento sem stress. Tinhamos por volta de 1h30 de tempo livre, e então fui à procura duma prenda para o meu pai visto que tinha feito anos no dia anterior, e acabei por comprar uma prenda a todos de lá de casa.
Uma hora já tinha passado sem darmos por isso, e então pusemo-nos a caminho para a praça. Pelo caminho, as fotos não faltaram, e mesmo com todas as paragens conseguimos chegar a tempo. Repetimos a reunião e desta vez o destino era a ferrovia. Como haviam placas para a mesma, nós portuguesas decidimos ficar por nossa conta para fazermos tudo ao nosso ritmo.
Sentámo-nos num local com mais uma paisagem digna de observação, e ali ficámos por um tempo, a aproveitar o momento. Gôndolas iam passando com casais visto que era o dia de S. Valentim.
Entretanto durante o caminho, encontrámos os italianos e com eles ficámos. Muitas gargalhadas e piadas foram ouvidas até chegarmos. Estava realmente a gostar da companhia deles, apesar de não conseguirmos comunicar facilmente visto que o inglês deles era difícil de entender.
Encontrámo-nos com as nossas professoras ao chegarmos, e fomos lanchar uma fatia de pizza enorme e um chocolate quente. Era de chorar por mais!
Tivemos a fabulosa ideia de tirar uma foto na máquina de fotos de cabine, mas não cabíamos nem duas, quando mais nós as três! Tentámos mesmo assim e foi de mijar a rir! Como não conseguimos tirar as fotos, peguei no meu telemóvel e tirei uma foto diretamente para o ecrã onde nós aparecíamos. Foi uma boa tentativa!
Entretanto juntámo-nos ao resto do grupo e entrámos no comboio para voltar para casa. O cansaço quase que se apoderou de mim, mas consegui ser mais forte e manter os olhos abertos.
Ao chegar a casa, comi uma maçã visto que a fome era quase nula, fiz a típica video chamada com os meus pais e fui dormir, ainda anestesiada com tanta coisa maravilhosa a acontecer ao mesmo tempo!
Lanche, fatia de pizza
Lanche, chocolate quente
Tentativa de foto na cabine
Day 5
Durante o caminho para o autocarro, os meus olhos pesavam 5 quilos cada um, mas ao sair do carro o frio acordou-me eletricamente! Coloquei o meu cachecol de maneira a só ter os olhos visíveis para me aquecer. Entretanto já no autocarro, juntei-me às minhas colegas, e sem repararmos já estávamos em Verona!
Verona é uma cidade muito bonita com muitos monumentos lindos e com histórias marcantes, que foram contadas pelo guia turístico que nos acompanhou.
Entrámos na arena de Verona, o que me arrepiou por pensar o que acontecia naquele local em séculos anteriores.
Depois de umas horas a caminhar, tivemos direito a uma pausa. Como íamos ter mais tempo livre à tarde, nós portuguesas e o Kevin, alemão, decidimos no pouco tempo que tinhamos naquele momento, sentarmo-nos numas cadeiras de um café e aproveitámos o sol.
Os minutos livres passaram a correr; fomos ao encontro dos outros e seguimos para o restaurante para almoçarmos. Comemos os quatro mais os polacos, que são muito simpáticos e amigáveis!
O almoço foi sem dúvida o melhor que tinha tido em Itália até ali, tanto em termos de comida como de companhia.
Já com menos uma hora de tempo livre suposta, passeámos com as professoras pelas lojinhas todas, mas antes disso, comprámos um gelado. As minhas duas bolas foram de frutos vermelhos e nata com caramelo. Delicioso!
Ir a Verona sem ir ao museu de Romeo e Giulieta não podia acontecer, pelo que nos dirigimos para lá. Não podia estar mais feliz por ter subido à varanda cuja muitas atrizes de filmes que adorei ver também pisaram! E sem esquecer da oportunidade que tive de escrever uma carta para a Giulietta, na qual deixei os meus pensamentos todos para que alguém um dia leia e, quem saiba, se inspire para a sua vida!
Ao saírmos de lá, aproveitei para comprar uns souvenirs para os meus avós: dois ímans para o frigorífico.
O tempo livre esgotou-se e juntámo-nos todos novamente e seguimos para o local onde íamos apanhar o autocarro para voltarmos para casa. Não podia estar mais satisfetia com o grupo de pessoas que estavam no projeto comigo! Todos muito acessíveis e carinhosos!
Adormeci na viagem de volta, então o tempo passou mais rápido. Ao sair do autocarro, entrei no carro com os pais da Alessia para irmos para uma pizzaria, onde pedi a pizza "Outomno", que consistia em cogumelos de diferentes tipos e muito queijo.
Não houve muita comunicação durante o jantar, mas eu e a Alessia tentávamos integrar a outra Alessia, a alemã que eles também acolheram, pois ela não falava muito connosco, nem mesmo quando estávamos apenas as três presentes.
Ao chegar a casa, tomei um banho rápido e fui para a cama ler no whatpadd. Eram 22h30 e já sentia sono, o que me deixou mesmo satisfeita pois queria dormir, e assim o fiz!
Interior da arena
tempo livre com o Kevin
Companhia do almoço
Day 6
Naquele dia íamos apenas a uma escola, a Bruno Mussolini de artes, que no interior parecia mais um museu do que uma escola! Centenas de trabalhos expostos nos corredores: desenhos, roupas, arquiteturas. Tudo muito bem trabalhado e apresentado.
Primeiramente, conhecemos as professoras dessa mesma escola que nos receberam muito bem e depois tivemos mais uma visita guiada pela escola.
Passámos pelas salas de diferentes específicas, mas todas elas cheias de materiais e decoradas.
Anunciaram a pausa da manhã e fomos comer os mesmos bolos e aperitivos que têm servido em todos os lanchinhos. No final da pausa, seguimos para a sala onde nos dirigimos primeiramente e assistimos a apresentações sobre Roma.
Tivemos uma atividade surpresa, que foi um workshop para personalizarmos uma mala ou uma camisola, onde as camisolas eram para os rapazes e as malas para as raparigas. O que desenhei na mala não ficou simétrico nem nada demais, mas estava razoável. Para ocupar a parte de trás da mala, tive a ideia de pedir a todos para assinarem com os seus nomes para recordação. Quando acabei o meu trabalho, convivi com todos e tirámos muitas fotos com todos.
Eram 14h quando a mãe da Alessia nos foi buscar. Conheci o irmão dela que foi almoçar a casa nesse dia. Muito simpático!
Almoçámos massa com tomate e uma carne estufada com mozarela. Comi um prato consideravelmente cheio de massa, pois pensava que era o dito almoço mas para eles foi uma entrada... Comi a carne estufada só mesmo para experimentar porque tinha um ótimo aspeto, porque fome já não tinha.
Como já tinhamos combinado as três, fomos passear os cães durante a tarde por um caminho calmo e tranquilizante perto de casa dela. A alemã decidiu interagir mais connosco, o que foi um alívio porque tinhamos passado por climas muito tensos entre as três devido a ela não facilitar a comunicação.
Depois de 2h de passeio, voltámos para casa. Deitei-me na cama e conversámos todas, com musica de fundo. Acabei por adormecer por uns 20 minutos, e elas acordaram-me para irmos para a festa que se ia realizar na escola da Alessia, preparada pelo projeto pois era o ultimo dia que todos iamos estar juntos.
Chegámos mais cedo do que os outros, o que me deu a oportunidade de ver a escola juntamente com a Alessia que me quis mostrá-la. As pessoas foram chegando, e a conversa fluindo, acabando por passar bem o tempo até ao jantar.
Estava tudo muito bem organizado e mais chique do que pensei que fosse estar, mas mesmo assim bonito. O jantar era como um self-service, então servi-me e provei um pouco de tudo.
Seguidamente de jantar, tivemos karaoke, que correu muito bem e foi uma ideia engraçada. Pararam o karaoke para comermos o bolo do projeto, que não estava lá grande coisa, pelo que deixei metade no prato.
Retornamos o karaoke, até pararem definitivamente para entregarem certificados a cada um. Sempre que chamavam alguém, aplaudíamos todos felizes até a pessoa receber o certificado e tirar uma foto com a professora Graziella. Fiquei honestamente contente com o facto de ninguém ter excluído ninguém; mesmo os que não falavam com alguém, quando essa pessoa era chamada, os mesmos aplausos e gritos eram ouvidos. No Sátão isso não iria acontecer o que me deixou pensativa e triste.
Senti-me feliz pelo diploma mas também triste, pois isso significava que a viagem estava a chegar ao fim.
O Michael tentou ensinar-nos uma dança típica da Polónia, e ao praticá-la foi uma desgraça e embateram todos contra todos, mas eu só pensava no quão satisfatório e fixe era o grupo. Dançamos também a macarena, que já correu melhor do que a dança anterior!
Interromperam-nos para avisar que a festa tinha de terminar, e aí o meu nó na garganta apareceu. Toda a gente começou a despedir-se com abraços, e o Michael agradeceu ao microfone a hospitalidade e a semana, e as minhas lágrimas já estavam nos olhos.. Odeio despedidas! Abracei toda a gente com lágrimas já a escorrer... Como assim estive durante uma semana com estas pessoas fantásticas, e do nada, nunca mais as vou ver? Não dava para aguentar. Precisava e preciso daqueles sorrisos sinceros todos os dias. Porque é que não os posso levar comigo para o Sátão?
Quando me disseram "see you soon" foi a gota de água. Deixei tudo sair e chorei, chorei muito. O nó na garganta não se desfazia, e eu só queria chorar, de tristeza porque vermo-nos brevemente não ia acontecer, mas também de felicidade por os ter conhecido. A Weronica disse-me que adorou a viagem pelo facto de me ter conhecido, e ficámos a chorar abraçadas. Foi das pessoas mais queridas que conheci em Itália, não a vou esquecer!
O nosso 'gruppo' não podia ter sido melhor. Estou eternamente agradecida por ter feito parte desta viagem e ter conhecido as pessoas mais simpáticas e carinhosas que já conheci. Os sorrisos que aquecem o coração, nunca vão ser esquecidos.
Fui para casa no meu cantinho do carro, em silêncio. Antes de adormecer, pensava na pena que sentia por esse ser o meu ultimo dia a dormir naquela cama e casa,
com aquelas pessoas, e no facto de ter sido das melhores experiências da minha vida e que vão ser para sempre lembradas com uma alegria enorme.
Workshop, exemplo de camisola dos rapazes
Selfie depois do workshop
Passeio com os cães
Foto depois do jantar com italianas
Certificado
Dança ensinada pelo Michael
Day 7
O ultimo dia. Acordar naquela cama nunca mais ia acontecer. Adormecer na mesma, igualmente. Comer aqueles brioches naquela mesa, idem. Não conseguia sentir outro sentimento senão tristeza, por ser a ultima vez de tudo na Itália naqueles termos.
No fim do pequeno almoço, a mãe de Alessia disse -me que o Davide, o namorado dela, teve que sair mais cedo e desejou uma boa viagem e que foi um prazer ter me lá em casa com eles e para voltar quando quisesse. Boa maneira de começar o dia, a criar o nó na garganta!
Agradeci, pois eles foram espetaculares comigo, não me posso queixar de nada. Acerca da Alessia, não podia ter sido melhor companhia. Fez-me sentir à vontade em casa e mesmo com ela no primeiro segundo que tinha chegado. Foi cinco estrelas comigo o tempo todo, vou ter muitas saudades dela..
Estávamos a caminho da escola e eu estava muito pensativa. Tinha acabado de passar uma semana em Itália, em intercâmbio. Era um dos objetivos da minha vida, e já estava realizado!
Entrámos num café perto da escola e lá ficámos com uns amigos da Alessia durante mais ou menos 40 minutos. Mesmo não sabendo falar muito bem inglês, tentaram sempre interagir comigo, nem que fosse com a Alessia a traduzir, o que me fez gostar logo deles!
Eram 9h quando seguimos caminho para a escola, onde primeiramente assistimos a uma apresentação sobre a escola pelas alunas italianas, e de seguida assisti a uma aula de francês, visto que a outra opção era matemática e eu prefiro letras.
Nessa aula, jogámos kahoot sobre geografia, onde criaram-se grupos e eu fiquei com a Maria e o Eros. Concluimos que nenhum de nós é bom a geografia pois erramos muitas das questões escolhidas.
Ao acabar a aula, seguimos todos para ouvir uma apresentação de uma receita árabe apresentada por três meninas árabes, e também a uma pequena aula de italiano básico.
Fomos para o restaurante improvisado, que era a mesma sala do jantar do dia anterior. Abrimos o menu e pedimos o prato que queríamos em italiano, que era esse o fim da atividade. Nós que estávamos na mesma mesa pedimos um prato cujo sabor não era agradável, pelo que pedimos outro prato que consistia em massa. Muito melhor!
O tempo passou muito rápido e já estavam todos a despedir-se. Fui forte e não deitei uma lágrima. Os meus novos amigos estavam sempre a dizer 'not cry', mesmo que eu estivesse a rir, o que me fazia rir o dobro.
O que mais gostei nesta viagem foi a hospitalidade e carinho dos italianos. Acerca dos outros amigos dos outros países, apreciei a facilidade que tiveram em falar connosco e nunca nos excluírem. Não esperava sair de Itália com tantas saudades de cada um em específico! Foram mesmo fantásticos, nunca os vou esquecer!
Depois de almoço, fomos a um centro comercial para comprar um fio para mim. Assim que saímos de lá, o caminho foi direto para a estação de comboios. O caminho foi doloroso visto que estava a ir me embora. Só pensava na quantidade de saudades que ia e já estava a sentir de tudo e todos. Passou muito rápido, e eu não mudava nada. Foi das melhores semanas da minha vida e vai ser recordada dessa maneira!
Quando já todas as portuguesas reunidas, o comboio chegou e o choro voltou. Abracei toda a gente e queria ficar ali. Gostei demasiado para deixá-los ali. Queria-os comigo, juntinhos a mim... mas não era possível.
Quando abracei a Alessia, não conseguia largar. Não tenho como agradecer nem a ela nem à sua família, mas espero que saibam que estou verdadeiramente agradecida.
Por obrigação, meti-me dentro do comboio e lá fomos para Milão, para podermos dormir num hotel e estar no aeroporto às 4 da manhã para estar no avião às 6h.
Para jantar, comi um frango de churrasco com batatas juntamente com a Sofia, pois não conseguia ver mais pizzas ou massas à minha frente! Estava enjoada dessa comida, coisa que nunca pensei ser possível! O meu estômago ansiava pelos legumes que só o meu pai sabe cozinhar na perfeição!
Ao acabar a refeição, fomos deitarmo-nos e dormir.